Pesquisar este blog

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

LIVRO SENHORA - JOSÉ DE ALENCAR.

Livro: Senhora.

Autor: José Martiniano de Alencar.

Gênero: Romance.

Ano de Lançamento: 1990.

Editora: L&PM Editores.

Personagens Prinicipais: Aurélia e Fernando.

Coleção: L&PM POCKET, V.79

Número de páginas:297.

Sinopse:

José de Alencar publicou Senhora em 1875, quando o Romantismo vivia já seus últimos anos de glória. Ao lado de Diva e Lucíola, Alencar completa com 'Senhora' a trilogia com que se propôs a traçar "perfis" de mulher. São perfis marcados pela romântica passionalidade de mulheres que movem os romances urbanos de Alencar, ambientados no Rio de Janeiro do Segundo Império. Em 'Senhora', Alencar tematiza o casamento por interesse, envolvendo Aurélia e Fernando num desgaste emocional que instigará o leitor até a situação final dos acontecimentos em nível da paixão humana.

Relatos detalhados da história.

Aurélia Camargo era uma moça pobre, já tinha perdido o irmão e o pai, sua mãe temendo morrer e abandonar a filha desamparada insistia para que ela fosse ficar na janela pra ver se arrumava um casamento. Realizando tal desejo, conseguiu muitos admiradores e um grande e único amor, Fernando Rodrigues Seixas.

Este tinha apenas a mãe e duas irmãs e levavam uma vida pobre, viviam do aluguel de dois ecravos, da costura e da pequena ajuda que Fenando dava com seu emprego público. Frente ao amor de Aurélia lhe pediu a mão em casamento, mas logo desanimara do feito, pois sabia que casando com ela teria uma vida pobre e perderia sua liberdade deixando assim de frequentar a sociedade.

Assim o romance esfriou até que o noivado foi rompido. Fernando aceitou casar-se com Adelaide, pelo menos receberia um dote de trinta mil contos de réis. Nesses tempos o avô paterno de Aurélia lhe apareceu, mas rapidamente veio a falecer quase ao mesmo tempo em que sua mãe, no entanto seu avô lhe havia deixando sua rica herança, agora ela era uma moça rica. Sua tutela foi entregue a seu tio Lemos, que há muito havia cortado as relações com a mãe de Aurélia. Mas ela prefiriu viver em uma casa com D. Firmina uma amiga viúva que a tinha amparado quando ficara sozinha no mundo.

Fernando viajou para Recife na esperança de escapar do casamento. Com sua ausência Adelaide e Dr. Torcato Ribeiro se reaproximaram. Aurélia lhe havia devolvido cinquenta mil contos de réis que a muito lhe devia e assim o pai de Adelaide lhe consentiu a mão da filha. Quando Fernando voltou já estava livre do casamento, foi então que Lemos lhe prôpos casar-se com uma moça em troca de um dote de cem mil contos de réis, ele acabou por aceitar e recebeu um adiantamento de vinte mil contos de réis, depois veio conhecer que a moça era Aurélia. Alegrou-se pois sempre a amara.

Casaram. No quarto de núpcias quando Fernando se declarava Aurélia friamente entregou-lhe o resto do dote e declarou que ele a pertencia, afinal acabara de comprá-lo. Nessas condições passaram a viver um falso casamento, dormiam em quartos separados e sempre se tratavam intimamente com sarcasmo e ironia. Com o decorrer do tempo Fernado se dedicava ao trabalho de servidor público e Aurélia passou por um longo tempo se isolando de todos. Depois de tal isolamento dediou-se a festas, visitas e pequenas reuniões contínuas.

Ao voltarem de um baile quase houve uma reconciliação, no entanto essa não se fez. Então durante uma valsa em um baile próprio, Aurélia desmaiou e acabram ambos sozinhos no quarto dela. Nesse momento quase houve novamente uma reconciliação, mas Fernando sem querer disse palavras que ofenderam a sua esposa. Voltaram para o baile, ainda vivendo em farsas.
Quando o baile acabou cada um foi para seu quarto, Aurélia baseando-se nos recentes acontecimentos concluiu que Fernando realmente a amava, quase foi ao encontro dele, mas precisava ter certeza e abandonou assim a idéia.

Nos dias seguidos Fernando recebeu o diheiro que havia ganhado através de um investimento, pediu para conversar com Aurélia. Após o jantar foram para o quarto dela, ele entregou a ela um cheque com o valor que ela havia pagado pelo dote e mais os outros vinte mil contos de réis, conquistados no trabalho na repartição e pelo lucro do investimento. Declarou-se livre, pois havia lhe devolvido o dinheiro com o qual ela o havia comprado.

Considerando-se dois estranhos despediram-se. Nesse momento Aurélia confessou todo o amor que tinha por Fernando, afirmou que sendo eles agora estranhos o passado havia sido esqueçido e assim podiam viver o amor que sentiam. Fernando ao ouvir tal confisão beijou sua esposa e assim reconcilhiaram-se. Ele de repente hesitou, o dinheiro de Aurélia lhes empedia de amarem-se, ela então pegou em uma gaveta um documento, era seu testamento onde deixava tudo para Fernando, nessas circunstâncias uniram-se no “amor conjugal”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário